“Dentro de mim guardo sempre teu rosto e sei que por
escolha ou fatalidade, não importa, estamos tão enredados que seria impossível
recuar para não ir até o fim e o fundo disso que nunca vivi antes, e talvez
tenha inventado apenas para me distrair nesses dias onde aparentemente nada
acontece, e tenha inventado quem sabe em ti um brinquedo semelhante ao meu,
para que não passem tão desertas as manhãs e as tardes buscando motivos para os
sustos e as insônias e as inúteis esperas ardentes e loucas invenções noturnas.”
Caio F. Abreu
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